Introdução: Muito se discute sobre a inclusão do surdo em sala de aula. Sabe-se que, pela constituição, ele tem direito à educação e à saúde, bem como a solicitar um intérprete para auxiliá-lo em aula, traduzindo a língua oral para a língua de sinais. Muitas vezes, o surdo é considerado um estranho dentro de sua própria comunidade por não dominar a língua de sinais, e isso dificulta ou desfavorece sua interação, uma vez que não consegue estabelecer comunicação com outro surdo nem com o ouvinte.
Faz parte das esperanças dos surdos e de seus familiares, que esses estudem em escolas para ouvintes. A permanência do surdo na escola faz com que esses encontrem muitas dificuldades.
Os professores não estão preparados para o tratamento com os surdos, a maioria não sabe nem mesmo como comunicar-se.
É necessário que exista uma formação adequada para o professor trabalhar com os surdos. Além disso, as escolas precisam se adequar a eles, e não eles se adaptarem a elas.
Pelo que podemos ver é que muitos pais tem procurado a escola regular para seus filhos surdos porque a escola especial não apresenta um modelo pedagógico eficiente, uma vez que essas suas capacidades cognitivas.
No entanto, para o surdo é importante estar inserido numa comunidade onde ele possa ser compreendido e aceito.
Quando um aluno surdo estuda numa escola regular, suas dificuldades acabam sendo vistas como problemas de aprendizagem.
Nós, seres humanos, temos a tendência de nos reunirmos com nossos iguais. Com os surdos não é diferente, eles buscam um grupo em que possam se sentir à vontade, onde se utilize a mesma língua, a língua de sinais.
Muitas vezes, os métodos de ensino aplicados aos surdos resumem-se apenas ao ensino de palavras. Por acharem que os surdos têm dificuldade de abstração, trabalha-se com a escolarização de baixa qualidade, uma vez que são considerados incapazes de aprender.
Os surdos precisam de uma escola que atenda às suas necessidades especiais, que seja capaz de desenvolver a Língua de Sinais como primeira língua e que seja vista como uma postura política e ideológica de respeito ao grupo.
Podemos então concluir então que os surdos que não são privilegiados com as línguas de sinais têm um vocabulário pobre. Precisamos enfatizar que a Libras precisam ser considerada a primeira língua dos surdos, sendo a segunda o português, que permitirá o acesso ao mundo da escrita.
No entanto, é preciso que haja uma grande divulgação da Libras pela mídia órgãos governamentais e competentes, a fim de que todos conheçam a sua importância na comunicação dos surdos.
Percebe-se que há pouco uso da Libras pelos ouvintes que trabalham diretamente com os surdos em sala de aula. Os professores alegam não ser esta a disciplina deles, e não se esforçam para estabelecer contato com o surdo.
A língua de sinais é tão eficaz quanto a oral, pois é plena e tem estrutura gramatical própria, permite a expressão de qualquer significado, pois contém todos os mecanismos adequados de comunicação.
No entanto, para ocorrer avanço nesta área, faz-se necessário o treinamento de intérpretes e professores, para que utilizem a Libras com maior facilidade.
A língua de sinais permitirá que os surdos constituam uma comunidade lingüística diferente, e não que sejam vistos como um desvio da normalidade.
Mas ela ainda é utilizada por um grupo muito restrito, os quais vivem em desvantagem social, de desigualdade e que participam limitadamente na vida da sociedade majoritária.
Conclusão: A Libras permite ao surdo uma forma de comunicação diferente que deve ser respeitada, pois trata-se de uma língua legalmente reconhecida, apesar de apenas uma minoria utilizá-la. Além disso, são os ouvintes que fazem dela um problema, uma vez que não conseguem entendê-la.
Várias pesquisas já demonstraram que a língua de sinais cumpre com os aspectos lingüísticos, uma vez que possui todo o processo próprio da língua, que leva a comunicação.
Foi enfatizado também que a primeira língua a ser adquirida pelo surdo é a LIBRAS, e que sua difusão é muito importante para que as pessoas tenham conhecimento da influência que ela exerce na comunicação dos surdos.
Percebe-se que há pouco uso da Libras pelos ouvintes que trabalham diretamente com os surdos em sala de aula. Os professores alegam não ser esta a disciplina deles, e não se esforçam para estabelecer contato com o surdo.
No que diz respeito ao preconceito, ele existe, visto que o surdo, na maioria das vezes, não consegue estabelecer contato com o ouvinte.
Por outro lado, a discriminação é algo sutil no caso dos surdos, pensa-se que o domínio da língua de sinais é suficiente para incluí-los na sociedade.
Assim, a inclusão passa por uma transformação muito mais profunda no pensar, ver e agir de cada um. A discriminação vem do ato de encarar o outro como alguém menor ou menos capaz do que o eu. Isto, no entanto, é algo cultural, que nenhuma lei no mundo sozinha pode mudar.
Referências de pesquisas Bibliográficas: